quinta-feira, 18 de novembro de 2010

' Meu mundo

17 de Novembro de 2010, noite.

No meu reino não há espaço para majestades, regalias e ervilhas comidas à mão.


Não a há vestidos de cetim, colares de perolas, muito menos coroas de diamantes.

Os moradores da monarquia têm cabelos curtos, unhas roídas de esmaltes velhos, camisas de botão com saias remendadas e depilação por fazer.

Os decretos são feitos somente no intuito de desobedece-los.

No céu não existe nuvens, apenas fumaça de cigarros de menta.

Na cabeça um pedaço de qualquer pano, nos olhos óculos sem proteções U.V.A., nos pés All Stars sujos emprestados, na mente uma desordem, no corpo um querer insaciável.

Nesse reinado somos todos descendentes de uma tal Camila Lopes e filhos da mistura de orixás.

Aqui cada um governa a si mesmo, come os cogumelos que planta e sacia a vontade do desejo que vier.

A ordem é ser antropofágico.

Sejam bem vindos ao meu mundo.



domingo, 11 de julho de 2010

' Anjo

Olá meus queridos leitores! Estou voltando algumas páginas do meu Diário Roxo e re-postando esse que foi o meu primeiro texto do blog, porque ontem me bateu saudades dele. Espero rever logo o meu Anjo...


7 de outubro de 2009 8:53hs

Ontem conheci um anjo. Um anjo que não queria ser anjo. Alma feminina, rosto másculo. Se revoltou não sei por que, dizendo que não queria ser o anjo que tava no seu destino. Tinha cheiro de anjo, tinha uma doce voz de anjo, não sei se tinha pensamentos de anjo. Ainda não tenho o dom de ler pensamentos. Então vi em minha frente uma figura que eu não conseguia decifrar. Cada palavra que saia da sua boca era um enigma, um mistério, ou uma ilusão? A explicação não vinha. Vi deitar-se diante de mim um anjo, que pedia afeto, como um viciado que pede: “Pelo amor de Deus, me dê um cigarro”. E as minhas mãos que passavam pelos seus cachos de cores indefinidas, ia a sua face com medo de toca-la. Mais por que o medo se ele é um anjo? Medo do anjo desaparecer. De certa forma desapareceu, num silêncio profundo, onde fiquei a observa a luz que havia naquele anjo revoltado. Observei, e acabei também desaparecendo pela overdose do silêncio. Despertei, olhei o anjo, olhei a mim e descobrir que o anjo era só um homem, que sabe poesias, que tem a fala mansa, que ama, que come, que bebe, mais que sim, tem asas, que foram quebradas ao ser empurrado e forçado por Deus a viver nesse mundo.

sábado, 19 de junho de 2010

... [AAAAAAAAA] ... Desabafei!

19 de Junho de 2010                    20:00hs




Odeio-te a ponto de esganar-te te beijando. Te odeio por me confundir e por invadir a minha bolha de sabão que tinha acabado de ser perfeitamente soprada. Te odeio por me deixares assim louca com teu perfume impregnado, que de tão intenso, chega penetrar minha pele, se misturando com meu cheiro natural, transformando-se num transpirar fumaçante. Odeio-te por me quereres apenas com um objetivo consumista e capitalista que aguça-me a sensação de poder.Te odeio por ser meu inverso.Te odeio por ser o errado. Te odeio por ser vagabundo. Te odeio por ser cafajeste.Te odeio por ser o fumante. Te odeio por querer que cales a boca, te esganando e novamente te beijando. 

domingo, 23 de maio de 2010

' Universidade

Gente, esse é um trabalho que a professora de Pesquisa às Artes Cênicas pediu e eu achei digno de postar no blog pela minha cara de pau. Divirtam-se no meu mundo acadêmico!



Porque não entreguei o trabalho da professora Denise Coutinho?

A muitas maneiras de dizer por que não se fez um trabalho acadêmico pedido por uma professora que só está fazendo o seu dever como tal. Desculpas são milhares, desde um simples “esquecer” a um caso de doença grave. Mas, e quando se faz e não se acha a professora? Confesso que em parte estou sim errada, por tentar entregar o trabalho num segundo prazo em que a docente forneceu, por ter feito um pouco fora das normas exigidas, ou por apenas não tê-lo enviado por e-mail, mais a tentativa de entregá-lo impresso mesmo no ultimo dia foi valido. Esforcei-me e exigir de mim mesma que enviasse, por e-mail, mesmo ciente de que ela não o aceitaria e fiquei feliz em saber que a professora leu mesmo depois da data proposta. Porém me defendo, levei o dever exigido, na data combinada, mostrei a outra professora, que é minha testemunha, e a mesma me aconselhou a mandar por e-mail, pois a docente responsável não compareceria a aula por motivos particulares. Certo de que não mandei no mesmo dia, por algum motivo que aqui justificado não mudaria minha situação, muito menos sensibilizaria a qualquer orientador. O fato é que ao tentar enviar após três dias, descobrir que meu prazo tinha se esgotado e que não haveria solução para o meu problema. Creio que perdi uma boa parte na minha pontuação do semestre, todavia, o conhecimento que adquirir com a leitura e a elaboração do resumo me acrescentou, e muito, como aluna e futura profissional de artes cênicas e esse conhecimento não há pontuação nem prazo que me tire.

sábado, 1 de maio de 2010

Mata-me


Se brigo, te machuco, me machuco, me perdoes, eu te amo. Quero teu bem mesmo que me faças mal, ou acho que me fazes. Prove-me que não vai, mas me machucar, não consigo te dizer ainda palavras de total franqueza, me perdoes, é a minha fraqueza. Imploro-te um pouco mais de paciência, mesmo não a querendo, fica difícil dormir sem perdoar-te por completo, mais o que posso fazer se o meu perdão não é auto-suficiente. Não me julgues, apenas sou irreversível. Perdoe-me por te querer bem que tento te perdoar por me matar-me a cada dia de amor.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Viva o Carnaval sem Carnaval!

Gentem, eu tô em Euclides da Cunha, quando voltar posto minhas aventuras. Beijitos e borboletas roxa!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

' Desespero

10 de Janeiro de 2010 14:54hs


Eu ainda paro e penso, quando lembro naquela condição que você me propôs.
 Aquilo que era o alicerce de nós desabou em segundos quando caí no susto juntamente com a lagrima que escorria no meu rosto.
Ainda vejo aquela cena de mentira pra manter as aparências irreais.
Um vivo poço de omissões cometidas que agora justificadas não importam mais.
Sacrificaram minha lucidez por causa de uma novela mexicana.
Impossibilidades encurraladas em quatro paredes sórdidas que ainda continuam mudas,mais cheias de segredos imorais.
Por fim sobrou isso aqui, um resto de insanidade, um fardo profundo, os olhos vermelhos e um conformismo.
 Não irei me atirar de um penhasco só porque me veio a oportunidade de me jogar.
Dei um passo para atrás, e olhei a linha da história que estava antes de mim, do ser eu.
Pois o que era obscuro também já passou por mim.
Já cortei os meus pulsos implorando que ele jorrasse sangue para saciar a minha própria sede.

Fiz de conta que não ouvi o que você disse pra não voltar ao penhasco e fazer aquilo que deveria ter feito e não fiz.
 Viva ao desespero!