17 de Novembro de 2010, noite.
No meu reino não há espaço para majestades, regalias e ervilhas comidas à mão.
Não a há vestidos de cetim, colares de perolas, muito menos coroas de diamantes.
Os moradores da monarquia têm cabelos curtos, unhas roídas de esmaltes velhos, camisas de botão com saias remendadas e depilação por fazer.
Os decretos são feitos somente no intuito de desobedece-los.
No céu não existe nuvens, apenas fumaça de cigarros de menta.
Na cabeça um pedaço de qualquer pano, nos olhos óculos sem proteções U.V.A., nos pés All Stars sujos emprestados, na mente uma desordem, no corpo um querer insaciável.
Nesse reinado somos todos descendentes de uma tal Camila Lopes e filhos da mistura de orixás.
Aqui cada um governa a si mesmo, come os cogumelos que planta e sacia a vontade do desejo que vier.
A ordem é ser antropofágico.
Sejam bem vindos ao meu mundo.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
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