23 de Novembro de 2009 15:23hs
Já era uma tristeza, já era uma falta de esperança, era um milagre, um aviso, uma oportunidade. Era o nervoso, a corrida, a amiga, a ansiedade, os outros amigos, o ingresso caro, o medo, o comer pipoca, o grito, a poesia que prevalesse, os caras pintadas, a musica que fala de amor, o protesto, e mais poesia, a emoção, o gritar alto, o choro da alheia, o tocar na idolatria, o começo do fim, o fim que era alegria, o andar do medo sorridente e serelepe, o gargalhar da memoria passada que não tinha mais graça, o ônibus que não saia, o falar besteira, a morte, a crença, a profecia que se cumpre, e voltou a tristeza, que foi esquecida rapidamente e os dentes apareceram novamente, o chegar, o correr, o andar de taxi, o cansaço com euforia, o choque, o preocupar, a vela acesa, era um amigo que fugia, o dormir perturbado, e via o amanhecer do dia. Era outro dia, um ensaio, uma risada, a expulsão, o sol quente, a velha que briga, o ensaio de novo, ir ver amigo, ir ver outro amigo, e aproveitar do tempero da mãe dos outros, internet, internet, internet, geladinho de amendoim, se arruma e se apressa, o palco da cidade começou, avisa ao bobo da corte que cheguei, rir, me contorci, me arrepiei, eu sou neguinha, eu sou neguinha, uma surpresa, o branco black cantara para mim, para ti, e vou subindo a ladeira, com meu salto, era um ritmo pop afro, a bipolaridade do que me fez feliz nessa horas de intensidade, o ir pra casa dos outros, e o que eu não posso contar, só digo que foi loucamente sensacional. Era eu e a rechonchuda baixinha e o resto do mundo que dizia, vivam borboletas roxas perdidas.